Tempo estimado de leitura: 5
Muita coisa mudou no ensino, não é verdade? Inclusive, já se fala em Educação 5.0! O aluno de hoje tem mais protagonismo nas aulas e o professor encontra um grande desafio para introduzir metodologias ativas em sala.
Nesse contexto, transformar a relação de mestre-aluno em algo de “igual para igual” tem se tornado ainda mais essencial para uma escola do futuro.
Quando se fala nesse espaço, a maioria das pessoas provavelmente pensa em um prédio com janelas grandes e muros coloridos, com um grande pátio e uma quadra de futsal, por exemplo. De fato, essa é uma estrutura física comum desse tipo de instituição, que se transformou muito ao longo dos anos.
Apesar de todas as mudanças, ainda existem, no entanto, características únicas, que nos fazem reconhecer uma escola em qualquer lugar do mundo. O que mudou desde a sua época de colégio? Certamente não foi só a grade curricular ou a carga horária.
Neste artigo, você vai aprender a traçar estratégias para atualizar sua escola. Entenda como essa evolução está acontecendo para, assim, colocar novas atividades em prática e acompanhar essa transformação. Vem com a gente!
Um ensino mais inclusivo e horizontal
Antes, o importante era decorar o conteúdo. O aluno era visto como mero receptor do conhecimento, quando, na verdade, ele é a parte principal do processo de aprendizado.
Antigamente, por exemplo, a tabuada tinha que ser memorizada; a tabela periódica ou as datas de acontecimentos históricos, também. Hoje, por outro lado, as metodologias ativas defendem que não é preciso decorar o conteúdo.
Para ser uma escola do futuro, o imprescindível é criar meios para que o aluno saiba argumentar, refletir e dar sentido a tudo o que ele absorve.
Enxergamos também objetivos que vão além do comum: por exemplo, os nossos materiais têm um caderno de caligrafia, não para que o estudante tenha uma letra caprichada, mas para que ele possa desenvolver a coordenação motora.
Defendemos sempre que exercitar o conhecimento é saber relacioná-lo à vida cotidiana. O aluno faz parte da sociedade e as trocas existem para compartilhar informações na sala de aula.
Pilares Conquista: temas essenciais para o crescimento e desenvolvimento dos alunos
Sempre falamos como nossos pilares são importantes, ainda mais quando o assunto é inclusão e desenvolvimento. Todos eles têm seus respectivos objetivos:
- Educação financeira: ajuda os alunos a terem um consumo mais consciente e a planejarem o futuro com mais estabilidade.
- Educação socioemocional: ensina os estudantes a lidarem com as emoções e a enfrentarem os desafios do dia a dia com sabedoria.
- Família: partindo do entendimento de que essa estrutura também é parte importante do ensino, com esse pilar, conectamos os familiares às atividades e à vida escolar do aluno.
- Empreendedorismo: com esse pilar, estimulamos o estudante a se organizar, planejar e encontrar meios de realizar seus sonhos.
O aluno como protagonista e a tecnologia a favor dos professores
O aluno é o protagonista da própria história, e a escola o prepara com bases para encarar a vida. A BNCC atual traz, para o centro de discussão, a importância de desenvolver habilidades e competências específicas, em vez de o aluno simplesmente acumular conhecimento.
Com facilidade de acesso à tecnologia, não é apenas a escola que deve pautar a discussão das aulas, mas também os alunos. Afinal de contas, eles têm as próprias opiniões e precisam debater para construir seu senso crítico em conjunto.
Há algumas ações supereficientes que podem fazer valer o aprendizado e transformar a sua sala de aula em um ambiente mais democrático e interativo, usando a tecnologia e o protagonismo estudantil a seu favor.
Educação 5.0: o movimento da escola do futuro
Esse movimento tem como objetivo inserir a tecnologia no processo pedagógico das escolas para promover uma interação saudável e enriquecedora entre os recursos tecnológicos e a formação emocional e social dos alunos.
As principais tendências da escola do futuro são:
- Formação de professores com novas habilidades socioemocionais;
- Lifelong learning: processo educacional que foca a aprendizagem para a vida toda, isto é, um desenvolvimento contínuo do conhecimento;
- Expansão do ensino técnico profissional.
Trata-se de um modelo de educação que vai muito além de apenas transmitir informações.
Certo, mas você sabe como eram as primeiras escolas?
Você sabia que o termo “escola” vem do grego scholé e significa “lazer, tempo livre”?
Esse termo era usado para falar de lugares que não se destinavam a ensinar uma formação profissional ou um trabalho manual propriamente ditos, e sim a ser um espaço para futuros governantes e ocupantes dos altos cargos trocarem ideias e transmitirem conhecimento.
As primeiras instituições de ensino parecidas com as que conhecemos hoje surgiram na Idade Média. Apesar de o conhecimento da época ser restrito aos mosteiros e aos nobres, as escolas medievais seguiam um modelo similar ao de alguns anos atrás, quando se enxergava o estudante como um “vaso” no qual se deposita conhecimento, tudo de forma unilateral: um ensina e o outro aprende.
A popularização e a distribuição do conhecimento só começaram a realmente ser disseminadas com o surgimento da prensa, que tornou mais fácil o acesso aos livros, embora ele ainda seja um material muito caro e limitado às grandes massas.
Muita coisa aconteceu na história, desde revoluções e ditaduras, até transformações socioculturais que impactaram diretamente a forma de ensinar e de aprender também.
As instituições de ensino evoluíram de acordo com a organização social e cultural da sua época. Isso não é diferente de hoje!
Conheça algumas tendências para a educação do futuro
Atualmente existem muitas metodologias de aprendizagens e formatos possíveis para melhorar o desempenho escolar. Pensando na Educação 5.0, alguns pontos são tendência para esse novo momento e vão ficar ainda mais fortes nas escolas do futuro. Conheça os principais!
Ensino mais humano: menos foco em notas e avaliações
Trata-se de focar a qualidade, e não a quantidade que o aluno produz em avaliações ou pontua no fim do trimestre. O foco deve estar em garantir que os estudantes saibam aplicar, no dia a dia, as informações que aprenderam em sala de aula.
Valorização do pensamento crítico
Desenvolver o pensamento crítico já é uma missão da escola. Essa tendência não é nenhuma novidade. O que é novo é que isso vai se tornar ainda mais evidente no processo de alfabetização.
Uso de tecnologias digitais
Trata-se de inserir jogos eletrônicos, plataformas digitais, aplicativos, softwares educacionais, programação e robótica em sala de aula. Afinal de contas, o aluno do futuro está cada vez mais próximo desses recursos digitais e o processo de aprendizagem também pode se valer dessas ferramentas.
Ensino híbrido e personalização da aprendizagem
Esse modelo foi introduzido “à força” devido à pandemia, mas tudo indica que veio para ficar. A proposta desse formato é combinar o ambiente digital com o presencial, colocando o educador como mediador e o estudante como protagonista do aprendizado.
Anota aí: 4 dicas para tornar suas aulas mais ativas
Na era da comunicação e da internet, os professores têm que se preparar para receber um aluno que já está inundado de informações. Os docentes precisam, sim, passar o conteúdo programado, mas também propor que os alunos participem e sintam-se parte da aula.
Para isso, separamos aqui algumas ações simples e eficientes de metodologias ativas para você aplicar na sua sala:
1 – Faça uma aprendizagem baseada em problemas
A ideia desse método é que os alunos partam de uma situação e façam uma ponte entre a teoria e a prática.
Assim, sempre contando com a mediação do professor, eles podem investigar soluções a partir de procedimentos científicos, como a experimentação, a formulação de hipóteses e a coleta de evidências.
2 – Design Thinking
É uma metodologia criada tanto para engajar alunos quanto para desenvolver seminários. A proposta é organizar ideias e soluções de uma maneira bem visual (usando post-its, tabelas etc.), além de ajudar a estabelecer a ordem de prioridades.
Essa técnica é simples, barata e pode ser aplicada em toda escola, sempre com foco nas pessoas.
3 – Gamificação
Esse modelo tem como objetivo usar a estrutura típica dos jogos para motivar os alunos (como fases, pontuações e recompensas) e criar uma jornada de aprendizagem.
4 – Sala de aula invertida
Você estipula um tema, o aluno estuda previamente em casa, no ritmo dele, e chega à sala de aula com informações e conclusões próprias para debater e aprofundar algumas questões com o professor e os colegas.
Gostou de ler essas dicas e de aprender um pouco mais sobre a evolução das escolas? Fique de olho aqui no Blog da Conquista e em nossos perfis no Facebook e no Instagram, que sempre têm novos conteúdos sobre o assunto.