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Em março deste ano, a Câmara dos Deputados aprovou um conjunto de mudanças para o Novo Ensino Médio (NEM). O projeto, que desde 2017 movimenta o debate sobre os rumos da educação, teve o relatório preliminar da relatora publicado em 10 de junho e está na Comissão de Educação e Cultura do Senado Federal para ser votado.
Para ajudar você a entender toda essa movimentação, reunimos neste artigo quais são as últimas alterações sofridas na redação da proposta e o que pode mudar na vida dos estudantes. Boa leitura!
Quais são as mudanças na carga horária do Novo Ensino Médio?
A carga horária total continua sendo de 3.000 horas, mas é possível que a divisão entre os componentes curriculares obrigatórios e as optativas (os chamados itinerários formativos) sofra alterações.
Atualmente, o Ensino Médio exige 1.800 horas para os componentes curriculares obrigatórios e 1.200 horas para os itinerários formativos.
Pelo texto reformulado até o momento, teremos um aumento na carga horária da Formação Geral Básica e uma redução na carga horária dos Itinerários Formativos. O valor dessas alterações, ainda não é um consenso, mas gira entre um mínimo de 2.200 horas e 2.400 horas para os componentes curriculares obrigatórios e um mínimo de 800 horas e 600 horas para as optativas. Na prática, ocorrerá um aumento na carga horária dos componentes curriculares obrigatórios.
A composição da grade dos componentes curriculares obrigatórios
Hoje, além do Português e da Matemática, as os curriculares obrigatórios presentes nos três anos do Ensino Médio incluem Artes, Sociologia, Filosofia e Educação física.
A nova proposta amplia para doze o número de componentes curriculares e coloca Espanhol em disputa entre ser opcional ou obrigatória:
- Língua Portuguesa e suas Literaturas;
- Língua Inglesa;
- Língua Espanhola (o relatório do Senado apresenta como obrigatória)
- Artes;
- Educação física;
- Matemática;
- Biologia;
- Física;
- Química;
- Filosofia;
- Geografia;
- História;
E os itinerários formativos, como ficam?
No modelo atual, as redes de ensino decidem quantos e quais disciplinas optativas serão ofertadas aos alunos do Ensino Médio.
Com a reestruturação, as escolas deverão oferecer no mínimo dois cursos e, esses cursos, devem contemplar as quatro áreas do conhecimento (matemática, linguagens, ciências da natureza e ciências humanas), ou programas de formação técnica e profissional.
Assim, para a escola oferecer o mínimo de cursos, ela deverá combinar as áreas do conhecimento utilizando, pelo menos, duas áreas (Matemática e Ciências da Natureza; Linguagens e Ciências Humanas), reforçando a autonomia na construção de sua trajetória educacional, social e profissional.
O novo modelo convida o aluno a se tornar protagonista no processo de aprendizagem e de construção dos próprios sonhos, sempre contando, claro, com o apoio e a orientação da escola e dos educadores.
Confira mais alterações importantes
No contexto do ensino a distância e do ensino técnico, também houve algumas modificações. Acompanhe a seguir como podem ficar essas questões:
ENSINO A DISTÂNCIA
A legislação atual permite ofertar na modalidade remota conteúdos que são obrigatórios. Com a mudança, os deputados propõem que a carga horária destinada à formação geral básica seja presencial.
ENSINO TÉCNICO
No caso do ensino técnico, a nova redação impacta a carga horária. Atualmente, os alunos devem cumprir a jornada de 1.800 horas para componentes curriculares obrigatórios e 1.200 horas para o curso escolhido.
A nova legislação estabelece uma carga de 2.200 horas para os componentes curriculares obrigatórios e 800 horas para a grade técnica. Em alguns casos, como enfermagem e eletrônica, a carga horária da formação técnica pode chegar a 1.200 horas.
IMPLEMENTAÇÃO
O Projeto de Lei do Senado mantém a possibilidade de início da implementação já para 2025.
A sua escola preparada para o futuro do Novo Ensino Médio
Enquanto o trâmite do projeto de lei segue pelas casas legislativas responsáveis, é importante que as instituições de ensino estejam atualizadas e preparadas para as possíveis mudanças.
As escolas parceiras da Conquista já estão nesse caminho de adequação, recebendo todo o suporte da nossa equipe de especialistas.
Vale esclarecer que os atuais alunos do Ensino Médio da Conquista não serão afetados (se for necessário, é possível fazer alguns ajustes de carga horária no material em vigor).
Ressaltamos também que o projeto ainda está em tramitação e que sua aprovação final só acontece após aprovação do Senado Federal e sanção do presidente da república.
Portanto, até o momento podemos ficar tranquilos, mas seguimos atentos a todo e qualquer movimento, para que, se forem necessárias, as medidas de regulação sejam implementadas sem prejuízo aos estudantes.
Seja você também uma escola parceira Conquista. Fale com os nossos consultores e fique por dentro não só dos avanços da nova proposta para o Ensino Médio, mas também de outros assuntos relacionados à educação.