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Tudo indica que o ano que se inicia continuará a trazer desafios para a saúde mental no ambiente escolar. Isso porque 2021 não só mantém as mudanças que começaram no ano passado e reverberam até agora, como também passa pela volta às aulas presenciais e a pela jornada pelo modelo de ensino híbrido.
Nesse processo, as equipes precisarão se adaptar ainda mais, e pais e alunos devem estar dispostos e flexíveis para viver tantas transformações. Para passar por esse momento com tranquilidade, é preciso, primordialmente, colocar práticas que preservem a saúde mental no ambiente escolar em ação.
Por isso, organizamos neste texto algumas dicas para cuidar da saúde mental e mantê-la equilibrada neste ano. Você vai aprender:
- a importância da saúde mental no ambiente escolar;
- como a saúde mental pode ficar fragilizada durante o período de pandemia;
- práticas que podem ajudar educadores e alunos a manterem a saúde mental em 2021.
A importância da saúde mental no ambiente escolar
Primeiramente, é preciso dizer que a saúde mental pode ser definida como a soma do bem-estar físico, social e emocional. Quando ela está equilibrada, o indivíduo é capaz de usar suas habilidades, recuperar-se das atividades diárias, ser produtivo e contribuir com a sua comunidade.
A escola é um grande espaço de socialização e reúne alunos, pais, professores e a comunidade escolar como um todo. Por isso, é importante que a saúde mental seja abordada nesse espaço e que algumas práticas sejam colocadas em ação dentro da instituição com frequência.
Essas ações preservam a saúde de todos e transformam o ambiente em um espaço de acolhimento e segurança. Além disso, é preciso lembrar que elas podem ser tomadas paliativamente para prevenir possíveis situações e problemas com a saúde mental da comunidade escolar.
Vale investir em:
Terapia
Ter um terapeuta na escola pode ajudar, e muito, a equilibrar a saúde mental dos alunos e dos professores. Isso porque esse profissional é especializado em identificar traumas, medos e receios e indicar caminhos de superação e equilíbrio. Ao ter um profissional da área, habilitado para trabalhar na sua instituição, você ajuda todos, facilitando o encontro das melhores estratégias para lidar com determinadas emoções e situações do cotidiano. Vale a pena investir!
Palestras informativas
As palestras podem ser uma estratégia para informar e alertar os professores e alunos em relação a vários temas. Além disso, ao conversar sobre saúde mental amplamente, o colégio se compromete a cuidar dos alunos e de seus comportamentos com mais responsabilidade, evitando casos de bullying e cyberbullying, por exemplo.
Outro ponto interessante das palestras informativas é a possibilidade de descobrir o que determinados comportamentos significam. Em outras palavras, se o adolescente ou professor sente palpitações em momentos de pressão ou estresse, por exemplo, mas não sabe nomear essas sensações, fica mais difícil saber que esse pode ser um sintoma de ansiedade e procurar ajuda.
Dessa forma, as palestras ajudam a trazer consciência e podem ser uma estratégia para manter a saúde dos integrantes da sua instituição. Elas certamente também ajudarão a fixar as boas práticas que acompanham a reputação da sua escola e atraem ainda mais alunos e docentes.
Práticas que podem ajudar os alunos
Tendo em vista que a escola é um dos maiores espaços de socialização de crianças e adolescentes, é importante que o tema seja abordado em ambiente escolar. Isso porque, ao dar início à jornada escolar, o aluno também passa a experimentar novas expectativas: de rendimento, competência, aceitação e socialização.
Quando falamos sobre o momento pelo qual estamos passando, esse tema pode ser ainda mais delicado, porque, além de todas as expectativas que nascem com o início da jornada escolar, o aluno também está passando pelo distanciamento dos amigos, desafios na exposição do conteúdo aplicado, provas a distância e uma convivência maior com pais e responsáveis.
Pense sobre:
Flexibilidade
Antes de mais nada, é preciso sempre lembrar do momento pelo qual estamos passando e de como ele pode causar uma série de consequências no emocional de crianças e adolescentes. Tudo isso pode afetar o aprendizado e é nesse ponto que a flexibilidade entra em ação.
Se o aluno se mostrar disperso, triste e/ou até mesmo acuado, é preciso ser flexível com as atividades passadas em sala de aula e com as formas de transmitir conhecimento. Claro que tudo depende do bom senso de cada um, mas, para preservar a saúde mental dos alunos, é preciso lembrar que a pandemia é um grande desafio para todos.
Acolhimento
Apesar de tudo, o aluno precisa saber que, em momentos de dificuldade, a escola e os professores estarão disponíveis para ajudar. Por isso, o acolhimento deve estar presente em cada passo dado em direção à saúde mental do aluno.
Seja por meio das sessões de terapia, seja com uma conversa franca com um professor ou ainda comunicando os desafios dos alunos para os pais e responsáveis. O importante é que o aluno não se sinta abandonado de nenhuma forma e que a escola e o corpo docente estejam atentos (dentro do possível) a seus comportamentos e ações.
Práticas que podem ajudar os professores
Já para os professores, a pandemia transformou o ambiente de trabalho, as formas de ensino e as maneiras de transmitir o conhecimento. Tudo isso pode ter virado o cotidiano dos docentes de cabeça para baixo.
E, ao mesmo tempo que a escola é um ambiente de trabalho, é preciso lembrar que os ambientes profissionais e pessoais, bem como os desafios de cada área da vida, integraram-se mais durante o trabalho em home office. Inegavelmente, essa transição pode ter afetado a saúde mental de muitos. Por isso, é importante pensar em estratégias que mantenham o colaborador com a mente no lugar em 2021.
Coloque em ação:
Respeito ao horário de trabalho
A transmissão de conhecimento pede novas estratégias e tudo isso pode sobrecarregar o professor. Uma das maneiras mais simples de manter a saúde mental dos professores em dia é respeitar seu horário de trabalho e incentivar que ele faça o que é necessário dentro do horário proposto.
Parece simples, mas, por vezes, o simples incentivo por parte do gestor dá mais confiança para o professor. Isso faz com que ele se sinta mais confortável com suas ações e não se sobrecarregue, separando, assim, tempo para estar com seus familiares, praticar atividades físicas e ter momentos de lazer.
Feedbacks
Outra estratégia que pode ajudar a manter a saúde mental dos professores neste momento são os feedbacks constantes. Isso porque, no período de transição para o ensino híbrido, é necessário que os profissionais se sintam acolhidos pela equipe escolar e com a certeza de que os erros e acertos desse período de transição são naturais.
Além disso, essa ação diminui as inseguranças, fazendo com que o profissional não se sinta perdido e sem suporte. O que pode, a longo prazo, melhorar a relação do docente com a escola e a sua saúde mental em relação ao trabalho.
E aí, o que você faz para preservar a saúde mental dos professores e alunos da sua instituição? Conta pra gente aqui nos comentários! Para conferir mais dicas sobre o universo da educação, acesse o Blog da Conquista e nossos perfis no Facebook e Instagram.
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