Tempo estimado de leitura: 3
Desde que as aulas presenciais foram interrompidas por conta da pandemia de Covid-19, as escolas estão se reinventando todos os dias para garantir a aprendizagem e manter a atenção dos alunos ao novo formato de ensino. E agora, depois de algumas semanas de atividades remotas, é que todos começam a se sentir mais seguros com as mudanças no modelo de ensino on-line, no jeito de se relacionar com os pais, de se reorganizar financeiramente e até de liderar uma escola a distância.
Recentemente, falamos bastante sobre todas essas transformações em uma live com o professor Robson Lima, no canal da Conquista. Baseados nessa transmissão, vamos mostrar como a pandemia do novo coronavírus está obrigando escolas a reciclar conceitos que, até pouco tempo atrás, eram bem definidos.
Reinventando as escolas na pandemia
Por mais que a internet já fizesse parte do rol de ferramentas educacionais disponíveis, ela era um recurso dentre vários outros utilizados pelos educadores. Hoje, a web é o único instrumento disponível.
Por outro lado, as possibilidades oferecidas pelo universo digital agora estão sendo mais exploradas do que nunca. Videoaulas pelo YouTube, lives e webconferências, centrais de dúvidas por e-mail ou WhatsApp, plataformas recém desenvolvidas com a orientação de equipes de tecnologias educacionais. Vale tudo para que a aprendizagem não pare. O Google Classroom, que antes era um projeto a ser implementado, tornou-se corriqueiro. A expressão “fazer um Zoom” não faria sentido nenhum para a maioria das pessoas há dois meses.
Reinventando o tempo
Dar aulas a distância também está obrigando a escola a reinventar o tempo. Mesmo de longe, a maioria dos estudantes está em contato com seus professores. Se por um lado isso ajuda a diminuir a saudade, por outro pede um certo malabarismo com o tempo, por conta da ausência de um ambiente mais controlado. Algumas instituições estão gravando as aulas e definindo um horário específico para tirar dúvidas. Outras mantêm uma rotina semelhante à presencial, com aulas on-line no turno da escola, inclusive marcando presenças e faltas.
E tem um outro ponto importante com relação ao tempo, que diz muito sobre o quanto mudou o trabalho dos professores: o impacto das aulas sobre os estudantes. A curadoria do conteúdo precisa ser mais criteriosa, pois a atividades não estão mais restritas a uma grade controlada de aulas. Portanto, a instrução que o educador passa precisa ser interdisciplinar e perpetuar na vida do aluno. Assim, o professor garante que está passando adiante mais que meras informações. Ele está construindo conhecimento que gera mudanças de atitude e desenvolvem o pensamento crítico.
Reinventando as relações
Se você acha que as mudanças se restringem só às ferramentas e ao suporte aos alunos, está enganado. Pois a importância da parceria entre família e escola, além de estar mais evidente do que nunca, se tornou maior. E percebam que usamos a palavra parceria, visto que estamos todos passando por um momento delicado, em que só existe uma maneira de atravessá-lo: juntos.
A escola precisa entender que os pais não são professores e precisam de todo o suporte necessário, seja ele pedagógico, financeiro ou emocional. Já o educador, necessita compreender que o aluno não é mais o único foco, como era na sala de aula. O mestre se tornou um orientador para os estudantes e suas famílias. Por fim, os pais precisam ter a consciência do papel da escola nas suas vidas e de seus filhos, além de reconhecer que as mudanças foram abruptas e atingiram o mundo todo. Professores estão entre os profissionais mais pressionados por esta pandemia.
Em conclusão, no dia que retornarmos à sala de aula, a escola terá se reinventado completamente. Para não ficar por fora de tudo que afeta o ambiente escolar até lá, acompanhe as novidades nossos perfis no Facebook e Instagram.
Leia mais: Como explicar o Coronavírus para seu filho