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A educação financeira é a base para a construção de hábitos saudáveis relacionados ao dinheiro. Esse aprendizado passou a ser obrigatório para a Educação Básica a partir deste ano, com o prazo de implementação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Mas, para a Conquista, as lições de educação financeira e empreendedorismo são uma prioridade desde o surgimento da solução, em 2014. Nossos materiais valorizam esse aprendizado e acreditamos que ele deve acontecer em todos os ambientes possíveis: na escola, em casa e até mesmo, durante as brincadeiras.
Pensando nisso, convidamos Mauricio de Sousa, para uma conversa sobre a importância do tema na educação das crianças. Isso porque a Mauricio de Sousa Produções lançou, em parceria com o Sicredi, uma série especial de quadrinhos sobre educação financeira para essa faixa etária. Ademais, esse projeto começou em 2018 e agora, em 2020, mais uma edição da série foi lançada, além de três desenhos animados da Turma da Mônica que tratam do assunto. Os vídeos estão disponíveis no YouTube.
Por isso nós convidamos o desenhista e empresário para conversar conosco e explicar como lida com o dinheiro e da importância de falar de finanças com os filhos. O bate-papo foi publicado na Revista da Conquista e, agora, você pode também ler aqui. Confira:
Qual é a importância de abordar o tema da educação financeira com os pequenos?
MS: Hoje em dia, as crianças têm algum poder de decisão dentro da família. Se elas aprendem algo, logo passam para seus pais. Ao aprenderem sobre educação financeira, além de se prepararem bem para o futuro, já ensinam aos adultos sobre os cuidados que precisam ter com o dinheiro.
Quando os seus filhos eram pequenos, costumava falar de dinheiro com eles?
MS: Sempre procurei dizer o que poderia ou não comprar para eles. Nossa família foi humilde e não sobrava dinheiro para muitos pedidos. Depois, quando fiquei em uma situação melhor, comecei a trabalhar com as mesadas e dei dicas de como deveriam gastar para aproveitarem melhor e não desperdiçar.
Acha que os seus ensinamentos contribuíram para a forma como eles lidam com o dinheiro hoje?
MS: Acho que aprenderam alguns ensinamentos. Todos os dez (filhos). Hoje, não são consumistas além do que podem comprar e todos mantêm hábitos simples.
E a sua infância, considera que foi educado financeiramente? No que as lições recebidas da sua família o ajudaram a construir o seu patrimônio?
MS: Vim de família humilde. Para nós não era só a relação do dinheiro, mas de saber lidar com as trocas. Minha avó Dita reunia em sua casa os meninos da rua e contava historinhas ao final da tarde. Então, bolei uma espécie de cineminha com ilustrações das histórias, caixa de papelão e vela para poder cobrar. Pagavam em palitos de fósforos. Acho que aí comecei a aprender a entregar um serviço em troca de dinheiro. Minha família me ajudou nos momentos difíceis mas, depois que embalei, tudo aconteceu da forma natural que deveria ser.
O senhor acredita que o brasileiro é educado financeiramente?
MS: Acho que faltam muitas informações para a população entender melhor alguns pontos sobre como administrar seus ganhos. O maior deles é: não gaste mais do que recebe. Tudo isso precisa ser passado de forma simples e não na linguagem de mercado.
Que conselhos o senhor poderia dar a pais e filhos sobre educação financeira?
MS: Os pais devem sempre conversar com os filhos sobre os “nãos” que receberão pela vida e que começam na infância quando pedem algum brinquedo caro, por exemplo. Saber mostrar para eles que precisam poupar para poder comprar algo mais dispendioso, mostrar que o dinheiro vem do trabalho e, por isso, tem que ser valorizado (e não gasto com bobagens), ser criterioso ao comprar um produto fazendo pesquisa para encontrar a melhor oferta, e assim por diante. Para completar, acho que aproveitar a internet e pesquisar sobre o produto que quer comprar, sobre qualidade e durabilidade é obrigatório. Às crianças, digo para irem muito bem na aula de Matemática, como o nosso personagem Marcelinho, baseado em meu filho Marcelo, que desde criança procura economizar em tudo.
Em conclusão, estimular a Educação Financeira é essencial para o futuro da criança! Por isso, essa habilidade precisa ser desenvolvida com responsabilidade e inteligência.
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